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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uma escolha simples

Tive a honra de participar do XII Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio, no painel que debateu as questões relativas à logística e infraestrutura. É difícil exagerar a importância do tema: sem querer repetir o lugar comum do ideograma chinês que representa simultaneamente crise e oportunidade, a infraestrutura é, ao mesmo tempo, um severo obstáculo ao desenvolvimento do país e a maior chance que temos de destravar nosso crescimento.

Não é segredo que a infraestrutura brasileira, em particular a associada aos transportes, encontra-se esgarçada. No último Relatório Global de Competitividade, publicado pelo Fórum Econômico Global, o país ficou com 107ª posição no quesito “qualidade da infraestrutura” dentre 144 países, na vizinhança de Paquistão, Nicarágua, Colômbia e Senegal, e bem abaixo desta colocação nos itens relativos a transportes.

As consequências para o crescimento são óbvias: a baixa qualidade da infraestrutura se reflete na produtividade geral da economia. Não é necessário um exercício extraordinário de imaginação para concluir que o motorista que transporta a soja do Centro-Oeste para os portos do Sudeste poderia fazer, com o mesmo tempo que gasta hoje, um número maior de viagens se dispusesse de melhores rodovias, assim como de portos com capacidade de escoamento que não o forçassem a esperar dias na fila pela oportunidade de descarregar seus grãos e partir para nova jornada.

Posto de forma mais geral, o aumento da infraestrutura por trabalhador deve ter efeitos consideráveis sobre sua produtividade, o que poderia, em particular nas condições de hoje, relaxar a restrição sobre o crescimento que se origina do mercado de trabalho apertado. Fica claro, portanto, que as carências relativas à infraestrutura representam um constrangimento sério ao crescimento, precisamente por limitar a expansão da produtividade.

Por outro lado, pelo mesmo motivo, os retornos associados a investimentos nesta área devem ser muito elevados. Assim, caso seja possível aumentá-los, os impactos sobre o crescimento potencial do país serão apreciáveis.

Isto dito, o aumento do investimento não é – ao contrário do que parece ser o entendimento vigente no governo – um ato de vontade do soberano. À parte a questão nada trivial de montar um arranjo institucional que gere os incentivos privados à inversão (o oposto do que a obsessão governamental em limitar os retornos destes projetos irá obter), há o problema da restrição de recursos.

É fato que a poupança nacional, mesmo com a economia operando muito próxima (senão acima) do seu potencial, é modesta, da ordem de 15% do PIB, insuficiente para financiar mesmo o baixo investimento nacional (18% do PIB). Isto não se deve a nenhuma distorção óbvia do lado do consumo das famílias, que – equivalente a 62% do PIB – é bastante semelhante ao observado nos demais países latinoamericanos.

O consumo do governo, porém, destoa, não apenas no subcontinente, mas em termos globais, na casa de 21% do PIB, sugerindo que o nível reduzido da poupança nacional origina-se primordialmente do elevado peso do governo na economia.

Dado isto, a elevação do investimento em infraestrutura como proporção do PIB requer uma escolha simples: ou fazemos um ajuste fiscal que reduza o consumo governamental, ou teremos que importar os recursos do resto do mundo, sob a forma de déficits externos crescentes, partindo de níveis (3,5% do PIB) bem menos confortáveis do que foram há pouco.


A relutância em conter o gasto público sugere que a segunda alternativa parece a mais provável, implicando maior vulnerabilidade às condições internacionais de liquidez precisamente no momento em que aumentam as chances de mudanças importantes neste cenário. Na falta do ajuste fiscal, colocaremos em risco a principal oportunidade de acelerar decisivamente o desenvolvimento do país.

Escolhas, escolhas...

(Publicado 7/Ago/2013)

28 comentários:

Procurei saber sobre o Congresso e vi que o Alex ficou lado a lado com Nakano e Ingo Plöger. Nessa hora queria estar lá hehehehe

Alex, perguntou ao Ingo, em off, se ele sente veronha sobre a aposta que vcs fizeram sobre a inflação um tempo atrás?

O que o Nakano falou? Valeu a pena? Foi sobre o câmbio?

Abs

Só um pequeno adendo:
- Ao aumentar a produtividade do capital privado (a melhoria da infra-estrutura), este também incentiva o investimento privado (uma vez que este fica mais rentável). Ou seja (utilizando o exemplo do texto), não é apenas o mesmo caminhão fazeno mais viagens, é o aumento do incentivo aos investimentos em caminhões, uma vez que estes estarão rendendo mais do que antes.
Saudações
PS: Mas a questão levantada da fonte de recursos para investimento é séria e muito grave!!!!

Alguém precisa avisar para o governo que o ajuste fiscal brasileiro não é o mesmo que o grego e não é austericídio.. ops, acho que já é tarde demais (notícia velha)

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/7/2/austericidio-fiscal

A péssima gestão atual de nossa economia é desencorajante e as manifestações de rua ainda não convencem devido à inconsistência da agenda política (há alguma?) que deveria lhe dar um rumo.
Excetuando os de autoria petista e afins, os diagnósticos sobre o cenário atual da economia brasileira (e da política também!) convergem para uma visão bastante negativa do futuro.
É mais do que hora para buscar convergência também sobre o rumo a seguir de modo a evitar que essa visão se concretize. Obviamente, essa busca deve focalizar as eleições de 2014.
O risco de má governança foi assumido pelo eleitor brasileiro quando elegeu Lula em 2002 e 2006; Dilma Rousseff em 2010. Como era de se esperar, não está dando certo.
Não se pode deixar um país complexo como o Brasil entregue a pessoas tão despreparadas e inexperientes, além de dominadas por uma ideologia antimercado estatizante e amplo contingente de corruptos.
No entanto, em cada oportunidade desde 2002, uma avaliação objetiva e rigorosa teria indicado outro caminho.
Tomara que, em 2014, o eleitor não cometa erro idêntico pois o que deverá ser corrigido, somado ao que deverá ser criado, exigirá enorme competência e, sobretudo, liderança e honestidade.
Que tal começar, desde já, a fazer o plano para eleger com maioria consagradora (esmagadora!)o futuro presidente, garantindo-lhe, por meio de escolhas cuidadosas, margem de apoio no Congresso (Câmara e Senado) que dispense alianças espúrias? O mínimo a exigir é Ficha Limpa!
Que tal fazer uma escolha baseada em desempenho passado, refletindo o que já realizou enfrentando desafios internos, externos, políticos e econômicos?
Que tal pensar em Fernando Henrique Cardoso?
VOLTA FHC !!!

FHC é uma boa! Acho que ele vai consertar tudo. Ele, o Malan, o Tourinho, a Ellen Grace...

"- Ao aumentar a produtividade do capital privado (a melhoria da infra-estrutura), este também incentiva o investimento privado (uma vez que este fica mais rentável). Ou seja (utilizando o exemplo do texto), não é apenas o mesmo caminhão fazeno mais viagens, é o aumento do incentivo aos investimentos em caminhões, uma vez que estes estarão rendendo mais do que antes."

Perfeito.
Abs

"Alguém precisa avisar para o governo que o ajuste fiscal brasileiro não é o mesmo que o grego e não é austericídio"

O mais engraçado é que este pessoal vive dizendo que as circunstâncias históricas são importantes, mas não consegue diferenciar economias em recessão das que sofrem restrições pelo lado da oferta. Tudo é demanda para eles, independente das circunstâncias.

"O que o Nakano falou? Valeu a pena? Foi sobre o câmbio?"

Não.Falou que o aumento da produtividade decorrente dos investimentos em infraestrutura implicaria o "autofinanciamento automático" destas inversões.

Sabe como é: ferrovias são construídas em poucos dias e os ganhos de produtividade se materializam imediatamente.

É o "milagre da transubstanciação dos investimentos"

O mais triste é que talvez apenas 33% da população queira um MALAN, ou um ARMÍNIO, e certamente uma administração ao modo LST (Lehmann, Sicupira, Telles), mas outros 33% estão fechados com o atual governo, sobram é claro 34% dos eleitores, mas dentro do atual sistema, vai ser difícil uma mudança, a menos é claro que a economia desande muito.

Agora no que se refere a contenção de gastos do governo o e espaço é fantástico, mas além disso podiamos pensar também em revogar as medidas erradas tomadas contra o setor elétrico, contra o modelo de partilha do setor de petróleo e aproveitar e parar de dar benesses a indústria de automóveis, não apenas tirando as isenções, como liberando as importações para forçar o aumento da concorrência como também pela correção do preço dos combustíveis.

Um remédio forte, mas quem sabe não seria bom para ensinar ao povo e aos governantes que não existe almoço de graça?

Uiuiui Warhol!!!


http://associacaokeynesiana.wordpress.com/

Gosto muito de vc, leitãozinho... Homenagi a Cae

Os macroeconomistas que nunca estudaram questões setoriais específicas de infraestrutura agora vem falar do que não sabem.

Sou estudioso desse tema há anos e gostaria de tecer alguns comentários.

Em primeiro lugar, na margem o Brasil vem melhorando no quesito infraestrutura, e não piorando, tanto pelos pontos do LPI quanto pelos pontos do Forum Economico.

É obvio que ainda há muito a melhorar, mas o gargalo já foi bem maior no passado. Só agora, quando querem defender restrição de oferta a qualquer custo, apelam para infraestrutura.

Os portos organizados tem problemas? Tem. Tem filas? Tem. É isso que está travando o crescimento do país? Não.

Segundo cálculos do ILOS da Coppead, os custos logísticos no Brasil vem decrescendo nos últimos anos. Os portos públicos estão congestionados? Sempre estiveram. Mas os terminais privados estão cada vez melhores, com indicadores de produtividade muito bons.

Os aeroportos estão um caos? Sim, mas o que representa aeroporto no transporte de carga no país? Quase nada. A rigor, não chega sequer a ser um ponto de discussão relevante vis-à-vis rodovias, portos e ferrovias.

Vou resumir, porque poderia falar uma hora aqui. Na margem, não houve piora da infra. pelo contrário, melhorou. Certamente não é essa a causa do atual baixo crescimento do país.

Valeu!

"É obvio que ainda há muito a melhorar, mas o gargalo já foi bem maior no passado"

Hããã... No passado não estávamos operando tão próximo do potencial...

O seu potencial deve ser visto como uma função Leontief de mínimo.

Yp = min (K, L, Infra).

Certamente o gargalo está no mercado de trabalho e não na infra.

Abraços

Não compro muito uma função Leontief.

Ocorre que, quando há folga no mercado de trabalho, o crescimento do produto por trabalhador não se torna um limite tão estrito ao crescimento do produto. Quando batemos no mercado de trabalho, o produto/trabalhador passa a ser crucial e aí a infra se torna mais crucial.

Faz sentido?

...ou fazemos um ajuste fiscal que reduza o consumo governamental, ou teremos que importar os recursos do resto do mundo...
.
Ok, mas como fazer isso se 80% do gasto do governo federal é explicado por transferências para famílias (previdência e assistência social, bolsa-família, seguro-desemprego, abono salarial, etc), saúde e educação, segundo dados mostrados por Mansueto Almeida? São gastos que a própria população demanda, a partir das suas escolhas eleitorais. Alguém imagina que um candidato hoje no Brasil seria eleito pregando parcimônia nos gastos públicos, grosso modo, reduzindo gastos com saúde, educação, previdência e assistência social para canalizar recursos para melhorar a infraestrutura no país, de modo a melhorar a produtividade do setor privado? A verdade é que o Brasil está condenado a ser, eternamente, um país redistributivo, até o ponto em que não existir mais nenhum capitalista para financiar esses gastos com impostos. Existe uma saída?

E por que transporte aéreo de passageiros não é parte da infra-estrutura produtiva, ó Einstein?

> São gastos que a própria população demanda, a partir das suas escolhas eleitorais.

Ha dois problemas fundamentais com o discurso economico no brasil: primeiro, ha muita besteira tecnicamente incorreta, que polui a logica. Segundo, muitos dos que se apegam ao rigor e a logica desprezam totalmente a realidade e as limitacoes que ela cria.

Assim, ficamos com os ignorantes de um lado e os espertos estudando "spherical cows" do outro...

"Ok, mas como fazer isso se 80% do gasto do governo federal é explicado por transferências para famílias (previdência e assistência social, bolsa-família, seguro-desemprego, abono salarial, etc), saúde e educação, segundo dados mostrados por Mansueto Almeida? "

No conceito que usei (contas nacionais) estas transferências não entram no consumo do governo, mas no consumo das famílias. O consumo do governo captura apenas os recursos que são apropriados pela administração pública, por exemplo, folha de pagamento do funcionalismo (federal, estadual e municipal, que, em conjunto, devem andar pela casa dos 11-12% do PIB).

A pergunta é que diabos faz o governo brasileiro com 21% do PIB? O que eu sei é que a resposta não passa pela prestação de serviços de alta qualidade para a população.

A pergunta é que diabos faz o governo brasileiro com 21% do PIB? O que eu sei é que a resposta não passa pela prestação de serviços de alta qualidade para a população.

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5% vão pro pagamento dos juros da divida. Maior taxa de juros do mundo

Infraestrutura no Brasil e' uma piada. Burocracia nos orgaos governamentais e' outra piada. Estamos abrindo uma area de 1000 hectares no Maranhao , para soja-milho-algodao ( regiao do MaPiToBa, um dos ultimos lugares do Brasil com terras boas e baratas), levou uma eternidade para se conseguir todas as licencas. E vai ser mais um parto para escoar a safra. Posso dizer com conviccao que quem trabalha com agricultura e pecuaria nao aguenta mais esse governo da Dilma. Dizem que nos, agricultores, somos beneficiados com juros subsidiados e mais nao sei o que. Mas esquecem que pagamos caminhoes, tratores, colheitadeiras...muito mais caros que nossos competidores (EUA). Que temos estradas podres para escoar a safra ( isso quando nos mesmos nao temos que fazer as estradas). Armazenagem de graos eh outra piada. Se o cara nao tem a dele, ta ferrado. Mas vamos la, como dizemos aqui no Sul, nao ta morto quem peleia. Abraco Alexandre. Te vejo em Campos do Jordao final do mes de agosto
!

"5% vão pro pagamento dos juros da divida. Maior taxa de juros do mundo"

Ih mocinha, faz as contas de novo. No consumo do governo não entram os juros...

Alex, isso procede?

"O MINISTRO MANTEGA DISSE EM SUA ENTREVISTA QUE A INFLAÇÃO DOS NON-TRADABLES É MAIS ALTA PORQUE ELES NÃO SÃO SUJEITOS À COMPETIÇÃO.

ISSO ESTÁ ERRADO, ERRADÍSSIMO. NÍVEL DE COMPETIÇÃO NÃO AFETA TAXA DE VARIAÇÃO DOS PREÇOS, AFETA OS NÍVEIS DOS PREÇOS.

OS PREÇOS DOS SERVIÇOS ESTÃO CRESCENDO MAIS RÁPIDO QUE OS OUTROS PORQUE AUMENTOS DE RENDA LEVAM A MUDANÇAS NOS PADRÕES DE CONSUMO QUE FAVORECEM OS SERVIÇOS. OS PREÇOS DESSES ENTÃO SOBEM MAIS RAPIDAMENTE (POR UMA DIFERENÇA DE ELASTICIDADES-RENDA). ISSO É IDEAL POIS RECURSOS PRODUTIVOS SÃO, VIA O SINAL DOS PREÇOS RELATIVOS, DIRECIONADOS PARA AUMENTAR A OFERTA DE SERVIÇOS. É UM FENÔMENO REAL, NÃO NOMINAL"

"5% vão pro pagamento dos juros da divida. Maior taxa de juros do mundo"
E esse papo estilo Ciro Gomes? Esses caras invertem a causalidade de uma forma bizarra, isso irrita, mas não adianta explicar.

Alex,

To confuso. Me ajuda, se puder, por favor?

Os dados mais recentes do mercado de trabalho mostram que, após algum tempo de historia diversa, a população ocupada passou a crescer menos do que a PIA. Tomada a valor de face, esta informação sugere que a desaceleração enfim chegou ao mercado de trabalho.

Se estivermos operando além do ponto de pleno emprego, a desaceleração do mercado de trabalho é uma notícia boa, afinal continuar com queda do desemprego nesta situação apenas geraria mais inflação.Todavia, se este ponto ainda não tiver sido alcançado, certamente um aumento do desemprego não é boa notícia.

Como identificar se estamos além ou aquém do pleno emprego?

Existem varias formas, todas incertas, e muito mais interessantes na teoria do que na pratica.

Uma tentativa pode ser feita mediante observação do comportamento dos salários reais. Com efeito, tem-se que o salário real médio vem crescendo desde 2008 a um ritmo mais ou menos constante, e o mais curioso, a despeito da queda continua da taxa de desemprego (variacao media do salário real foi de 2008 a 2012, respectivamente, 4,0%, 3,2%, 3,8%, 2,7% e 4,1%). Se tivéssemos ultrapassado o pleno emprego, não deveríamos observar uma aceleração da taxa de crescimento dos salários reais?

É bem verdade que o ideal é comparar o crescimento do salário real com os ganhos de produtividade. Todavia, na pratica, este tipo de analise fica comprometida devido ao caráter altamente pro-ciclico da ultima variável (nesse quesito, em especial, a teoria é bem mais interessante do que a pratica). Ignorando essa contatacao e levando a proposição ao fim e ao cabo, já teríamos ultrapassado o pleno emprego desde 2011. Será?

A inflação não vem acelerando desde 2011. Levando em conta a mudança de pesos do IPCA, houve pequeno alivio na inflação entre 2011 e 2012 (muito pequeno é verdade, mas isto nao é uma aceleracao). Em 2013 concordo que houve aceleração...

Me ajuda ai, vai... E perdoa qualquer erro que cometi. Acho que estou concordando com o Delfim (isso é bom?) de que "quem nao esta confuso esta mal informado").

Forte abraco

X

Interessante...

Pleno emprego (ou taxa natural de desemprego) é muito util pra pensar, mas é muito enjoado pra identificar no mundo real!

"[O] aumento da produtividade decorrente dos investimentos em infraestrutura implicaria o "autofinanciamento automático" destas inversões."
É tudo endógeno e simultâneo!

Sobre a função de Leontieff e tal.

O Alex tem razão. A função de Leontieff não serve prá nada. Por quê? Porque a produtividade do trabalho não aumenta em função de alterações na biologia do ser humano (que são bastante lentas, he he he). Ela aumenta em função da tecnologia que está embutida no... K.
Quanto K é o fator limitante, a produtividade do trabalho também sofre limitação - a depender é reduzida, como no caso brasileiro atual - e a saída é expandir o emprego. Quando se chega no limite do emprego... BUM!
Exemplo singelo: engarrafamentos constantes fazem com que o motorista de um ônibus dê 3 viagens por dia, quando poderia dar 6. Produtividade cai pela metade. A própria produtividade do K (caminhões e ônibus) também é afetada.
Se tem uma situação em que a equação de Leontieff não serve prá nada é quando a limitação de K se dá em infraestrutura. Pense numa central de telemarketing supermoderna, com funcionários super bem treinados, sujeita a panes constantes no sinal e na rede...

responde o X Alexandre... pergunta buena...