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sexta-feira, 4 de março de 2011

Anais da Idiocracia: Mais uma do Costa Oreiro

Na falta do que fazer, nada como revisitar o Costa Oreiro...

O professor Costa Oreiro, que não é Platão mas também... tem suas idéias, anuncia uma revolução silenciosa no Banco Central. Segundo ele, existe no Brasil “uma forte coalização de interesses favorável ao aumento de juros.”

Ai, ai, ai, e eu que pensava que os juros aumentavam para conter as pressões inflacionárias...

Mas, vejamos isso:

"O BCB na gestão Tombini tem se mostrado menos propenso a levar a sério as expectativas inflacionárias, realizando pesquisas adicionais sobre temas variados. Alem disso, a forte deterioração das expectativas inflacionárias para 2011 aparentemente não gerou nenhuma preocupação adicional com o curso da política monetária pelo BCB."

Por incrível que pareça, o parágrafo acima é uma tentativa do Costa Oreiro elogiar a gestão do Tombini... ... Tenho certeza que este é um elogio que para o Tombini deve valer menos que uma facada nas costas.

Isso tudo me faz lembrar dos anos 80...

Mas que charme! Quem não gosta de inflação é tão careta!

56 comentários:

O Mestre certamente se reporta à sinistra conspiração dos banqueiros no sentido de garantir que os juros sempre fiquem altos para aumentar as suas fortunas pessoais em detrimento do povo. Tenta mostrar que esse BC não vai se prostar em atitude subserviente repetindo os mesmos erros anteriores. Este negócio de expectativa de inflação com base no mercado é golpe. O importante é a força de vontade.
Acho que vc não captou o espírito da coisa.
Deve ser alguma coisa por ai...

"O",

já que você está visitando os antigos fregueses, veja só o programa desta disciplina de graduação ministrada na graduação da FGV SP pelos professores Luiz Carlos Bresser‐Pereira e Nelson Marconi:

Macroeconomia do Desenvolvimento

Rogerio,

sobre o curso do Bresser só posso dizer que eu desconfio que nem um curso de séries de tempo do Peter C. B. Phillips tem tanta auto-citação.

Vivas ao gênio renascentista da ( de julho!

O Bresser está cada dia mais louco.

"O", Alex e vistantes, o que acham dos pioneiros Furtado, Caio Prado (como economistas/historiadores, não como gestores públicos)?

Acho que eles são bons como iniciadores; todo iniciador tem que se arriscar a falar besteira e privilegiar o "big picture" em relação às verificações detalhistas.

Acho que o problema é mais da cultura universitária brasileira, que, em vez de checar cada afirmação, tomou-as como verdades religiosas para enquadrar os objetos.

Isso pq vcs não virão as ementas do Franklin Serrano:

http://franklinserrano.files.wordpress.com/2010/08/programa-desenvolvimento-i-_2010-2-primeira-parte8.pdf

http://franklinserrano.files.wordpress.com/2008/03/programa-da-parte-ii-desenvolvimento-i-2010-2-franklin.pdf

É difícil desconfiar que um cara só, com pouca ou nenhuma aprovação dos seus pares, não possa ser referência em todos assuntos? Até em teoria neoclassica!
Na escola onde estudo (bastante ortodoxa) vi uma ou duas auto-citações, no máximo. E olha que os caras publicam bem...

Daniel

Rogério

Esse programa é para alunos de qual ano da graduação?

Este objetivo é de lascar:

“Nesta primeira semana discutimos [sic] o conceito histórico do desenvolvimento econômico capitalista. O desenvolvimento retardatário na periferia e o problema do imperialismo e da
dependência.”

A noção de “desenvolvimento econômico capitalista” associada à noção de “desenvolvimento retardatário na periferia” é samba do crioulo doido marxista. Digo "noção" porque essa porcaria não tem força de conceito.

Essa gente é pré-Caio Prado e Fernando Novaes, historiadores reconhecidamente marxistas. Para você ter uma ideia de como foram as coisas, mesmo depois desses autores mostrarem que a colonização atuou de modo complementar [assim, não há lugar para a noção de desenvolvimento retardatário no capitalismo brasileiro] no processo de acumulação primitiva do capital, ainda tinha gente que continuava insistindo em encaixar a golpes de marreta na história do Brasil os "conceitos" de modo de produção feudal e de modo de produção escravista. Lembro isso tudo apenas para forçar o contraste com o não menos absurdo "conceito" de desenvolvimento retardatário do capitalismo na chamada periferia do sistema.

Caio Prado e Fernando Novaes repuseram em seus trabalhos a crítica marxista clássica quando perguntaram a respeito do sentido da colonização [o sentido da acumulação primitiva] e da desigualdade da acumulação primitiva. Ou seja, o que é inerente ao processo de reprodução da acumulação capitalista é a reprodução da desigualdade e não o "retardo periférico". A reprodução da desigualdade no processo de acumulação capitalista é a contradição fundamental do modo de produção capitalista. E seria esta contradição que dialeticamente [fatalmente] levaria o capitalismo à sua crise final.

No fundamental, essa gente continua presa à ideia de que a colonização portuguesa não se deu nos marcos históricos do capitalismo. Na verdade, ainda acreditam que o capitalismo começou de fato e de modo retardatário no Brasil com a “revolução” de 30. Em outras palavras, o desenvolvimentismo dos anos 50/60 completou a revolução burguesa no Brasil, iniciada em 1930. E o novo-desenvolvimentismo irá nos conduzir até a vitória final. E depois ainda acham ruim quando se fala em Napoleão da FGV

Bem entendido que estamos falando de Marx e da sua crítica à economia política. Concordar com a crítica e aderir à economia política dele é coisa distinta.

Quem inventou essa singularidade, uma verdadeira jabuticaba latino-americana, eu acho que foram os cepalinos, que parece que preferiram trocar a árdua leitura de Marx pelas facilidades do leninismo. Incrível é que se ensine isso na FGV. No mínimo, esses infelizes estudantes que pagam uma puta grana todo mês deveriam ser apresentados ao contraditório elementar, representado, no caso, por esses dois historiadores.

inflaçao eh causada pelo conflito distributivo. o resto eh balela.

Meus caros,
Estou abismado com estes comentários. Dois pontos, em especial, me chocaram (pensei que este fosse um blog de bom nível teórico):
1- Ao anônimo lá em cima, inflação não é questão de força de vontade, é questão de FORÇA DE VONTADE POLÍTICA!!!!!
2- Ao outro que criticou nosso grande economista BRESSER NAKANO. A aula dele (que infelizmente nunca assisti) é uma verdadeira aula empírica sobre desenvolvimento retardado. Eu ousaria dizer que o grande professor É A PROVA EMPÍRICA DEFINITIVA que desenvolvimento retardado pode acontecer e EFETIVAMENTE ACONTECEU!!!!!
Saudações
PS: Se com o Bresser já é ruim, imagina as aulas do manteiga!!!!

Leio na FOLHA DE S. PAULO que o Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, deixou o Santander, onde ocupava o cargo de economista-chefe.
Schwartsman, colunista da Folha, é um dos maiores críticos à condução da política econômica. Polemizou diversas vezes com pessoas ligadas ao governo por conta dos gastos públicos. Será substituído por Mauricio Molan.
O Santander ainda trocou o comando do varejo, chefiado por José Paiva, vindo do antigo Noroeste, comprado em 1998. No lugar, assume José Berenguer, estrela do mercado de capitais, que comandava a área de atacado, uma das mais lucrativas. Será o primeiro cargo dele no varejo.
Como leitor habitual do Alexandre e ciente de seu saber economico, nao quero nem imaginar que o seu desligamento tenha sido por questoes politicas quando de uma recente discordancia entre ele e o Presidente da Petrobras. SE essa possibilidade existe, realmente eh de deixar qualquer um desapontado com o Brasil. Nao podemos discordar da atual politica economica no Brasil? Afinal, estamos ou nao numa democracia? Tambem como antigo cliente do Santander, lamento profundamente a sua saida. De qualquer maneira, voce Alexandre Schwartsman eh um excelente profissional e com certeza tem muitas ideias na cobeca de como melhorar este pais.
Um grande abraco e muito sucesso em suas novas escolhas.

Joao Melo, direto da selva amazonica
(desculpas pela acentuacao devido falta de configuracao do teclado).

Paulo,

a disciplina consta como sendo do quinto período na grade da FGV.

O Oreiro quer um lugar alto no governo. Vamos la, povo brasileiro, oremos por protecao divina. Tudo pode acontecer.

O professor Oreiro foi preso em flagrante, abusando de menor em um shopping, conforme noticiado pela imprensa há tempos. O que se deveria discutir é em que pé está o processo do professor. Ainda corre na justiça? Foi arquivado? Como isso é possível, que nada ocorra e que se discuta, mesmo que na zombaria, as ideias de um pedófilo mentecapto?

Foi arquivado ao que dizem, parece que é uma questão apenas folclórica hoje

Como tem gente convarde neste mundo! O processo não foi arquivado! O cara foi ABSOLVIDO!

Se valer do "anonimato" para falar imbecilidade dos outros!

Além disso, o processo não foi por abuso! Vá pesquisar!

Se esforce para discutir economia!

Moshe Dyen.

Folclorica? Pode ter certeza que se o gordinho for nomeado para ascensorista do almoxarifado do Banco Central este que vos escreve vai fazer buzinaco na frente do ap do Reinaldo Azevedo ate' que ele escreva uma nota acusando o governo Dilma de dar abrigo a pedófilos. Na realidade, acho que nao vou precisar buzinar muito... Kkkkkkk

Rafa

O incrível é uma pessoa que foi presa em flagrante em um shopping abusando de menor (http://www.ciranda.org.br:9080/site/publico/view_noticia.jsp?id=1908), com cara de pau ou retardamento (sei lá o adjetivo que cabe nesse caso...) de publicar um teorema Keynes-Oreiro, conseguir gente que o defenda. Dizer que foi ABSOLVIDO, em caixa alta, como se isso fosse grande coisa no país onde até o Collor foi absolvido.

Se esforce para ser menos puxa-saco!

“Como tem gente convarde neste mundo! O processo não foi arquivado! O cara foi ABSOLVIDO!”

Foi absolvido? Gostaria muito de ver evidência disto. Se for verdade, eu vou fazer o máximo a meu alcance para evitar que tal acusação seja repetida novamente neste blog ou outros foruns de que participo.


”Além disso, o processo não foi por abuso! Vá pesquisar! “

O Paraná-Online noticiou erroneamente que foi por abuso de um menino de 9 anos (link abaixo). Os advogados dele protestaram que isso seria uma inverdade e o jornal foi forçado a publicar uma nota dos advogados. A vítima não teria 9 anos e o crime não teria sido ‘abuso’. Infelizmente, os advogados omitiram de sua nota qual foi a acusação e a idade da vítima.

http://www.parana-online.com.br/editoria/policia/news/236323/?noticia=PROFESSOR+UNIVERSITARIO+E+ACUSADO+DE+ABUSO+SEXUAL

Então se você quiser contribuir:

(1) qual foi mesmo a acusação ao Professor Costa Oreiro? Eu não sei. Uma mensagem que pode ser ou não fidedigna diz que foi por “atentado violento ao pudor” (ver http://br.groups.yahoo.com/group/e-curitiba/message/773). Aos curiosos, não é difícil descobrir quais atos tipificam um atentado violento ao pudor onde a vítima é do sexo masculino. Mas repito: nao sei do que o Professor Costa Oreiro foi acusado.

(2) ajude-nos a encontrar evidência que ele foi absolvido!!!

Prezado Anônimo,

Acesso pouco este Blog, dado o iminente fato de que ele não é somente econômico. Infelizmente, é usado por gente que quer fazer “furdunço” político com a vida alheia. O Costa Oreiro, não é o único caso.

Que tal o Alex e seus fieis seguidores utilizarem teoria econômica de verdade ao invés de chamar os outros de “idiota” somente por defenderem pontos de vista diferentes.

Além do mais o Alex vem se demonstrando gente da pior estirpe. Não somente do lado pessoal, mas tanto profissional, como se pode ver da sua recentíssima demissão do Banco Santander, a qual, segundo bastidores de amigos do setor bancário, NÃO foi motivado somente pelo recente caso com o presidente da Petrobras e a “saia justa” com o Conselho do Santander e Petrobras.

Vou te dar uma dica a respeito do caso do Costa Oreiro: como você é curioso viu?! Minha teoria está relacionada à sexualidade...Contudo, não foi “abuso de menor”, somente os “detratores” dele gostam desta versão e sempre pegam no pé dele por causa disso...No mais, seria uma falta de respeito da minha parte explorar a vida alheia, inclusive, para defendê-lo de gente que eu nem conheço e nem faço questão de conhecer...

Oficialmente, para amigos próximos (eu não recebi mas a vi), foi mandada uma "carta de absolvição"/"nada consta" do poder judiciário, dado que o fato pegou muito mal à época até mesmo para quem o conhecia e queria saber da veracidade dos fatos e, principalmente, se se tratava de uma pessoa do "bem" ou se era um "problema" de sexualidade apenas...

O Poder Judiciário foi pelo caminho da segunda opção...

No mais meu caro, eu disse muito...

Moshe Dayan...

As afirmações (não) econômicas do Oreiro sao legais de se discutir, mas questões pessoais do cara não me interessam. Esse aqui não eh um blog policial. Eu sugiro, humildemente, manter esse papo policial longe daqui.

"segundo bastidores de amigos do setor bancário, NÃO foi motivado somente pelo recente caso com o presidente da Petrobras e a “saia justa” com o Conselho do Santander e Petrobras."

É mesmo? E o que foi?

"a qual, segundo bastidores de amigos do setor bancário, NÃO foi motivado somente pelo recente caso com o presidente da Petrobras e a “saia justa” com o Conselho do Santander e Petrobras."

Palhaco, bocal, imbecil, canalha... Diz o que aconteceu, mequetrefe. Aqui nao eh o blog do achacador do sul de minas.

"Eu sugiro, humildemente, manter esse papo policial longe daqui."

Nao sei como isso comecou, mas o melhor modo de acabar eh mostrar para o mundo que ele foi absolvido.

Quanto as declaracoes 'economicas' do Professor Costa Oreiro, meu deus da forma geral! O Amedeo vai passar alguns dias no purgatorio por ter aprovado o mestrado dele...

"Que tal o Alex e seus fieis seguidores utilizarem teoria econômica de verdade ao invés de chamar os outros de “idiota” somente por defenderem pontos de vista diferentes."

Sugiro que voce leia os varios comentarios que fiz aos artigos de Oreiro e companhia. Se voce acha que estou apenas chamando-os de nomes, entao pode-se incluir na lista tambem.

"O Amedeo vai passar alguns dias no purgatorio por ter aprovado o mestrado dele..."

O Amadeo é inimputável, um silvícola intelectual.

Quanto ao outro, a absolvição não o faz menos canalha. Paulo Salim Maluf nunca foi condenado, mas me recusaria a estender a mão para cumprimentá-lo.

Prezado Moshe (e outros leitores do blog),

O que foi divulgado, inicialmente, em um jornal do Paraná, foi abuso de um menor de 9 anos. Depois, o jornal se retratou, mas sem esclarecer muito o que significava essa retratação. Ninguém ficou sabendo de mais nada. Só os amigos próximos foram informados dos detalhes e dessa absolvição, "oficialmente", pelo professor Oreiro...

Minha "curiosidade" não é ligada a minha sexualidade. É ligada ao fato de que esse é um caso nebuloso (menos para os amigos íntimos do sujeito), do qual nada se sabe ao certo. É uma coisa se o professor Oreiro foi pego com um sujeito de 17 anos no banheiro de um shopping. Porém, é outra coisa bem diferente se foi pego com um menino de 9 ou 10 anos (será que a retratação do jornal foi por causa disso? Ninguém sabe, fora, novamente, os amigos íntimos do professor Oreiro). Me desculpe, mas é algo escabroso demais.

Me esculachar na esperança de "salvar" a reputação do professor Oreiro não responde a questão (argumento ad hominem, etc, blablabla...).

No mais, meu caro, concordo - chega dessa discussão sobre a prisão e processo do professor Oreiro.

"Palhaco, bocal, imbecil, canalha... Diz o que aconteceu, mequetrefe. Aqui nao eh o blog do achacador do sul de minas."

Parece que o "O" está surtando...

Kakakakakakaka!

Acho que o Alex deve estar tentando colocar as "sandálias da humildade" depois de certos relatórios, digamos, "equivocados" feitos pelo Doutor de Deus vindo de Berkeley!! Será que cabe?!?

Chame a ajuda agora de sua colaborada Tatiana Pinheiro!?! Ah, que pena, vocÊ não está mais no Santander...

Quantos amigos o Alex deixa no Santander?! Ah, que pena...Tão poucos assim?!

Quando a legitimidade diante da comunidade acadêmica é ZERO e a profissional começa a DEFINHAR, o jeito é partir para o ataque pessoal...

Tire férias, pondere a respeito da vida e suas atitudes, melhore sua imagem e contrate uma relações públicas para te ajudar "moralmente".

Depois disso, comece a publicar coisas decentes, em revistas decentes, de uma forma que não seja somente no Blog...

Minha gente, o que aconteceu com os bons modos em pleno 2011?!

Meu caros, as opiniões emitidas pelo Alex neste blog são da qualidade do cabelo que ele tem na cabeça (ZERO).

Apesar dos pesares eu prefiro as opniões do "O", em dozes homeopáticas!!

Blog de EX-EX-EX-EX-EX economista do Banco Central "chutado" utilizado para bullying virtual só serve mesmo para a minha diversão pessoal...

Saudações a todos.

Moshe Dayan

Ai tadinho. Não comeram ele hoje e já estamos no meio do carnaval...

"em dozes homeopáticas!!"

O que são "dozes"? Não seriam "dúzias"?

O cara se apelida Moshe Dayan por que machucaram o olho dele?

"O cara se apelida Moshe Dayan por que machucaram o olho dele?"

hehehe

Que diabos é um "silvícola intelectual"?

"feitos pelo Doutor de Deus vindo de Berkeley!!"

Quem usa a expressão "doutor de Deus", ou "professor de Deus", é o Nassif.

O Moshe é um leitor do Nassif ou é o próprio disfarçado. Qualquer uma das opções é deprimente...

Zamba

"O cara se apelida Moshe Dayan por que machucaram o olho dele?"

Tomou um esporro no olho...

Rogério

Então são alunos que praticamente já conquistaram a metade dos créditos necessários para a obtenção do diploma. Como não faço ideia do que esses alunos aprenderam nas disciplinas dos períodos anteriores, fico sem saber se a escola em que estudam já os capacitou para o enfrentamento das candentes questões “teóricas” propostas pelo professor da disciplina “Macroeconomia do Desenvolvimento”.

Não comento Celso Furtado porque li pouco e estudei menos ainda. Principalmente, o que sei do Keynes não vai muito além do que se pode encontrar, por exemplo, na Wikipedia.

A favor dos historiadores Caio Prado e Fernando Novais, posso dizer que ambos nunca cultivaram a pretensão de constituir “teorias” sobre desenvolvimento/subdesenvolvimento, capitalismo dependente, capitalismo tardio. Aliás, historiadores de profissão recusam teorizar a história porque sabem que este é um trabalho inútil e pernicioso para o ofício. Isso não quer dizer apologia do empirismo ou do positivismo.

Resumidamente, o que nos mostram esses autores que perguntaram o sentido da colonização é sobretudo COMO se deu na história a ocupação, integração e valorização da porção territorial americana sob domínio da coroa portuguesa.

O que era estratégico para os portugueses no século XVI? Defender o território contra prováveis invasores. Para isso o sistema de feitorias era insuficiente, como ficou provado no decorrer dos séculos posteriores. Os portugueses tinham plena consciência das suas limitações para fazer frente pela arte da guerra contra as potências marítimas que foram surgindo no período posterior. Daí que a diplomacia portuguesa portuguesa é uma das mais antigas e eficientes do mundo moderno. É fantástico que este minúsculo país europeu tenha preservado grande parte dos seus domínios ultramarinos por séculos.

A saída encontrada para a América portuguesa foi a fixação de parte do excedente populacional português em associação com uma enorme e lucrativa transferência compulsória de parte da população africana sob domínio português. Assim, e com financiamento dos capitais flamengos, implantou-se na América portuguesa a atividade fabril de produção do açúcar. Não é absurdo afirmar que o sistema de fábricas que caracteriza o capitalismo industrial [tecnologia, divisão do trabalho, produção em grande escala] foi ensaiado pela primeira vez exatamente aqui.

Em poucas palavras, o sentido da colonização [as tais linhas de força que em última instância comandam as vontades e as ações dos agentes cativos nessa dimensão estrutural, conforme Marx], caracterizou o que conhecemos como colônia de exploração com base em trabalho escravo e produção de bens complementares ao comércio europeu. Fernando Novais, indo além, mostrou que essa iniciativa na América portuguesa atuou fortemente na expansão do comércio nos séculos XVII e XVIII e, consequentemente, foi um poderoso agente dinamizador da acumulação primitiva do capital. O que segue na história a partir do final do XVIII é a destruição da base política e social de dos regimes absolutistas e a revolução industrial do século XIX.

Eu concordo plenamente com essa análise. A principal questão que fica para os historiadores de ofício não é desconstruir [para usar um termo da moda] esses estudos, mas investigar se o que se efetivou endogenamente e fora dessas amarras estruturais é ou não relevante para o conhecimento da nossa história. [continua]

[continuação]

Eu fico por aqui e deixo para os economistas responderem se é correto atribuir às iniciativas da Cepal o estatuto de teoria econômica do subdesenvolvimento, bem como as suas variantes “capitalismo dependente” e “capitalismo tardio”. Para os que disserem que sim, eu pergunto por que ao plano Real [refiro-me mais exatamente ao “tripé macroeconômico”] não se atribuiu o mesmo estatuto?

Como subsídio a essa discussão, segue link para um texto do professor Renato Perim Colistete
Departamento de Economia. FEA – USP.

O Desenvolvimentismo Cepalino: Problemas Teóricos e Influências no Brasil

Publicado em Tamás Szmrecsányi e Francisco da Silva Coelho (orgs). Ensaios de História do
Pensamento Econômico no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Atlas, 2007.

http://renatocolistete.files.wordpress.com/2009/01/desenvolvimentismo.pdf

Sublinho esta passagem no texto do professor Colistete

A teoria do subdesenvolvimento elaborada pela CEPAL alcançou um grande sucesso na América Latina. No Brasil em particular, tal sucesso ocorreu não só entre formuladores de política econômica mas também entre empresários industriais e, ao longo do tempo, no meio acadêmico. […] Mesmo décadas depois, o papel proeminente exercido pela CEPAL no país ainda impressiona pesquisadores e observadores da história econômica da segunda metade do século XX. Uma primeira questão que continua gerando discussões relaciona-se ao fato da influência da CEPAL ter sido tão significativa: seria tal influência resultado simplesmente do apelo ideológico de uma proposta de industrialização acelerada em um país ansioso em superar seu passado colonial e subdesenvolvido? Ou o impacto da CEPAL teria sido também resultado da consistência e relevância de seu aparato analítico? Uma outra questão diz respeito à herança intelectual da teoria cepalina: em que medida o pensamento econômico brasileiro assimilou e incorporou métodos de análise e perspectivas da CEPAL? [...]

O objetivo deste artigo é exatamente discutir as questões indicadas antes: primeiro, até que ponto o sucesso do desenvolvimentismo cepalino esteve associado à estrutura teórica elaborada pelos autores da CEPAL; segundo, de que forma a teoria cepalina pode ter influenciado o pensamento econômico brasileiro subsequente.

O artigo está organizado em duas partes. Em primeiro lugar são discutidos os principais elementos do sistema conceitual e as peculiaridades na formulação da teoria cepalina do subdesenvolvimento que possam ter favorecido a receptividade da CEPAL. Em segundo lugar, procura-se identificar em quais aspectos mais gerais a teoria cepalina influenciou as correntes de pensamento econômico no Brasil. Por fim, a última seção resume as principais conclusões obtidas.

PS: Cito o texto não com o objetivo de desconstruí-lo [continuando com o termo da moda]. Ao contrário ele me fui muito útil para saber como caminha esse debate na academia. Anoto, por último, que neste texto o autor enuncia uma crítica ao estruturalismo.

PS': Para quem quiser entender do que se trata quando se diz que o historiador deve fugir de teorizar a história, uma boa escolha é a leitura dos trabalhos do historiador italiano Carlo Ginzburg:

A linguagem da prova é a de quem submete os materiais da pesquisa a uma aferição permanente: “provando e confirmando”, como rezava a famosa divisa da Academia [científica florentina] do Cimento. A fórmula correspondente em inglês moderno – trial and error – evoca na palavra trial a verificação (test) e a tentativa (attempt), o tribunal da Casa da Moeda. Quem controla as ligas metálicas é o saggiatore [ensaiador] (em inglês the assayer): a palavra que agradou Galileu. Caminhando às apalpadelas, como o luthier que bate delicadamente, com os nós dos dedos, na madeira do violino: uma imagem que Marc Bloch contrapôs à perfeição mecânica do torno, para sublinhar o inextirpável componente artesanal do trabalho do historiador.

Relações de força. História, retórica, prova. Cia das Letras, 2002, p. 11.

ops!

,o tribunal da Casa da Moeda [no PS']

,o tribunal e a Casa da Moeda.

Ginzburg alerta que a diferença que existe no inglês entre "prova" e "evidência" não ocorre no italiano. "Provare [provar] significa, por um lado, "validar" e, por outro, "experimentar".

Caro Paulo,

Da teoria cepalina, quase nada sobreviveu. Furtado é inexistente nas listas de leitura e duvido que ele tenha sido citado no mais recente Handbook of Development Economics.

Quanto à herança das políticas cepalinas, foram um desastre ainda maior. Desde que a Cepal foi criada, os países da América Latina PERDERAM importância dentro da economia mundial e AUMENTARAM sua distância econômica dos países ricos.

A teoria cepalina pertence à lata de lixo da história do pensamento econômico, a prática de política econômica cepalina pertence à lata de lixo da história econômica.

Moshinho:

“Quando a legitimidade diante da comunidade acadêmica é ZERO e a profissional começa a DEFINHAR, o jeito é partir para o ataque pessoal...”

Você está realmente alucinando se você está tentando implicar que algum dos dois autores deste blog não tem legitimidade diante da comunidade acadêmica. Louco, louco, louco. Assim você acaba queimando mais ainda o filme do gordinho...

Para vocês verem como o homem do olho furado é legal: ele vem aqui ser diversão para todos nós...

Ele é um índio camarada... Furam o olho dele e ele não cobra nada

"Assim você acaba queimando mais ainda o filme do gordinho..."

Se não estiver queimando outras coisas...

"O"

Na lata de lixo? Então estão reciclando lixo tóxico!

Parodiando Nietzche em uma de suas pauladas certeiras no hegelianismo

Como, não haveria mais genuflexões à mitologia desenvolvimentista? Como, a religião desenvolvimentista estaria à morte? Vede, caro “O”, simplesmente a religião do novo-desenvolvimentismo, prestai atenção nos padres da mitologia das ideias novo-desenvolvimentistas e em seus joelhos esfolados!”

Para a nossa desgraça [só pode ser karma por causa da escravidão], a ideologia está aí firme e forte, com direito a papos-cabeça com Ana Maria Braga e Hebe Camargo. A produção deveria ter convidado também Maria da Conceição Tavares e Delfim Neto. Este mostraria como se faz o bolo crescer.

Um professor universitário, que lida diretamente com alunos de graduação, deveria deixar claro o que ocorreu no banheiro com um menor. Se eu sou pai de aluno da UNB, não gostaria que um professor com uma acusação dessas desse aula para o meu filho.

A retratação do jornal diz apenas que o menino não tinha 9 anos e que o crime não foi abuso. Os advogados não quiserem dizer quantos anos o menino tinha e qual foi o crime de que havia sido acusado. O professor foi convidado a se retirar da UFPR depois desse incidente.

O Anonimo: "Nao sei como isso comecou, mas o melhor modo de acabar eh mostrar para o mundo que ele foi absolvido. "

Traduzindo: "Vamos continuar criticando o Oreiro por coisas além de suas ideias sobre economia, pq um ad hominem aqui cairia muito bem, ainda mais quando eu finjo que nao fui eu q puxei o assunto".

Vá lá, q falta de hombridade hein. Vira homem e admite que vc quer ferrar o cara por todos os lados, hipocrita.

O Krugman, no livro "Development, Geography, and Economic Theory" comenta que muitas idéias do Desenvolvimentismo (cujo expoente é a CEPAL) estavam corretas, tais quais, problemas relativos as economias em concorrência imperfeita, economias de escala, efeitos de aglomeração, dualismo e falhas de coordenação
em decisões de investimento. O problema seria a pouca formalização, sendo assim acho que o "O" esta errado sobre a CEPAL, muitas idéias defendidas por eles foram (por outras vias é claro) sendo incorporadas ao mainstream, é só ver os modelos de crescimento mais modernos.O livro do Acemoglu tem até um modelo baseado em Myrdal (que não era da CEPAL mas era do time). . . "O", acho que o Krugman que você (e eu) admira seria menos ranzinza com as idéias heterodoxas, tanto que andou escrevendo um modelo que ele chamou de minskiano, veja só, será que é porque ele nos tempos remotos trabalhou com aquele maluco barbudo de N.YORK?

"O Krugman, no livro "Development, Geography, and Economic Theory" comenta que muitas idéias do Desenvolvimentismo (cujo expoente é a CEPAL) estavam corretas, tais quais, problemas relativos as economias em concorrência imperfeita, economias de escala, efeitos de aglomeração, dualismo e falhas de coordenação
em decisões de investimento."


menos, daqui ha pouco voce vai atribuir a CEPAL a cura da AIDS... vc esta esticando um pouco a realidade para atribuir a cepal temas que eles nunca desenvolveram.

De todo modo, a prova esta no pudim. As ideias da CEPAL se tornaram amplamente dominantes na AL (no Brasil ainda sao influentes) e desde que isso aconteceu, os fatos nao mentem, a AL perdeu importancia e se tornou relativamente mais pobre que os paises avancados. Como projeto, nem o detrator mais raivoso da CEPAL nos anos 50 ousaria imaginar que o projeto da CEPAL fracassaria tao estrondosamente como fracassou: "failure to converge".

Acrescentando: desde quando a Cepal foi o expoente desta visão?

O Krugman de fato chama a atenção para a economia do desenvolvimento (é um belo paper, mais sobre como a ciência econômica é feita do que sobre development economics, mas fica a referência aqui The Fall And Rise Of Development Economics http://web.mit.edu/krugman/www/dishpan.html), mas note que ele está falando do Hirschmann e do Rosenstein-Rodan. Não há menção a Furtado ou Prebisch, ou qualquer outro cepalino.

Mesmo porque, até onde posso lembrar, o pessoal da Cepal não chegou nem perto das questões levantadas pelo pessoal de Development; no máximo aos "forward-backward linkages"que, a propósito, eram tratados basicamente como o número de entradas na matriz insumo-produto, uma visão bem pobre do que dizia o Hirschmann.

Isto dito, "Formação Econômica do Brasil", principalmente nos primeiros capítulos, não é ruim. Mais para o fim, é uma tristeza só.

Não sei se podemos dizer que o projeto fracassou. Na realidade a desgraça do continente no século XX é em grande parte devida ao sucesso das idéias da CEPAL.

Problemas como o baixo crescimento, a produtividade mediocre e a concentração de renda absurda são mais ou menos previsiveis quando você implementa uma política onde o estado escolhe quais os setores e quais as empresas que devem prosperar.

Concordo plenamente com o O neste aspecto. A completa irrelevância da CEPAL na literatura sobre crescimento e desenvolvimento econômico atesta seu fracasso como linha de pensamento. O completo fracasso do continente em termos econômicos atesta o fracasso da CEPAL como alternativa de política.

O que sobra? Sobram algumas idéias para justificar políticas populistas, tão válidas e tão úteis quando o socialismo do século XXI ou coisas do tipo. Por outro lado, a tentativa de salvar a CEPAL pinçando idéias que porventura prosperaram em outros contextos é semelhante a argumentar que os austriacos são a base do pensamento (insert prefix here)-keynesiano pois Hayek acreditava que a moeda não é neutra.

Se o continente deseja alguma chance de progresso deve rasgar tudo que se realaciona ao pensamento da CEPAL. Quem tem alguma duvida siga o link http://pwt.econ.upenn.edu/php_site/pwt63/pwt63_form.php e escolha a variável "y" (PIB per-capita do país sobre PIB per-capita) dos EUA para qualquer país da América Latina (ou todos). Faça o gráfico e veja os efeitos das idéias da CEPAL.

Abraço,

Roberto

P.S. Eu colocaria o gráfico aqui se eu tivesse a mínima idéia de como colocar um gráfico neste espaço.

Obrigado pelo gráfico. Assustador, não?

Abraço,

Roberto

"Obrigado pelo gráfico. Assustador, não?"

Sim, mas se o auge Cepalino foi a década de 1960-70, o Brasil até que passou imune.

A desgraça acontece mesmo de 1985 até o início dos 2000.

Por quê?

Dispute da demissão de ALexandre e achei que ele se preocupava com as condições de sua demissão.Mas fiquei surpresa de constatar a preocupação pessoal em abrir seu blog para denegrir, caluniar um professor universitário sem saber ao certo- a não ser por meio de endereços eletrônicos- o conteúdo dos acontecimentos. Sinceramente, para a psicanalise esta condição subjetiva de alguém que foi desligado do Santander e se preocupa exclusivamente em denegrir um professor universiTario, indica a ocorrência de uma rivalidade imaginaria produzida pelo mecanismo de deslocamento psíquico: o sujeito na impossibilidade de direcionar sua critica e indignação a diretoria que o demitIu, desloca sua carga afetiva para um núcleo ideativo paralelo e, aparentemente, distante da verdadeira razão de sua raiva. Tem tratamento...e graças a descoberta do inconscienTe por Freud.

Ao anonimo acima: a psicologia Freudiana ja' foi abandonada pelo mainstream mundial ha' pelo menos 60 anos. Mais ou menos como essa pesquisa 'pos-keynesiana' que so' restou em meia duzia de departamentos marginais nos EUA e Inglaterra e nas universidades publicas brasileiras.

No entanto, o fato de um professor universitario estar em constante contato com alunos, muitos deles menores de idade ainda, torna uma acusacao dessas muito relevante. Se a acusacao e' leviana, por que alguem nao explica exatamente o que ocorreu?

Como alguém pode saber tanto! E sabendo tanto, desprazas tanto! Eu lamento que se desperdice tanto notório saber com tanta indignação, e que transforme tanta indignação em calunia. Indignação contra que tipo de situação? Uma demissão repentina? Uma modificação de vida não programada em um mundo em que se acreditava estar organizado segundo o mainstream? Demissões sao sempre terríveis: mostram nosso limite, rompem com a cAdeia de acontecimentos que projetamos para nossas vidas, revelam que a existência não e tão programável por equações... A gente fica com raiva desses momentos e acabamos "metendo os pés pelas mãos". Vocês sao homens, sao rapazes inteligentes, estudados, internacionalizados, mas parecem que, apesar do berço que possuem (isso e inegável pelo testemunho de vida publica de alguns de vocês), não superaram o tempo em que podiam falar qualquer coisa, ofender publicamente qualquer pessoa e saírem desresponsabilizados dessa....